terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O início – Informes gerais

O que estava acontecendo após o descredenciamento: os representantes do MEC que foram à FTB no dia 1/2/2011 disseram que iriam apenas entregar os kits transferência para os alunos e que estes deveriam, por conta própria, procurar outra instituição. Essa informação vinha sendo reforçada pela imprensa e nos preocupava. Por quê? Vejamos:
  • Em se tratando dos cursos com maior oferta de vagas no mercado, como os do Campus I (Biologia, Letras, Pedagogia, Matemática, História): boa parte das turmas é muito pequena, quase insignificante, do ponto de vista financeiro. Por isso, estavam enfrentando dificuldades para encontrar faculdades compatíveis com a grade curricular, horário de estudo e valor de mensalidade;
  • no caso das Ciências Agrárias (Agronomia, Veterinária, Zootecnia), além dos problemas anteriores, existe um outro ainda maior: descartadas a FTB e a UnB, a outra instituição autorizada a ministrar os referidos cursos em nossa região é impraticável. Fica à 70 km do Campus II (implica em rodar no mínimo 140 km por dia). A mensalidade é mais cara e a grade curricular é completamente incompatível. Tentamos negociar com eles, mas foram irredutíveis. Mesmo aproveitando todos os créditos, o 7º semestre de Agronomia, por exemplo, que estava com a formatura prevista para julho de 2011, terá o curso prolongado em pelo menos mais um ano e meio;
  • o curso de Engenharia de Alimentos sequer é assistido por outra instituição em Brasília;
  • temos vários colegas que estavam bem próximos de se formar, faltando apenas um semestre. Alguns deviam pouquíssimas matérias ou, em alguns casos, apenas o TCC e o Estágio Supervisionado;
  • era preciso estudar o caso dos bolsitas e conveniados (PROUNI, FIES). Como ficariam? Os detentores de bolsa 100% não estão sendo aceitos por nenhuma instituição. 
O que fazer?
Diante desse quadro, fizemos uma manifestação pacífica, mas organizada, no MEC, sexta-feira, dia 4/2, a partir das 10h. Tínhamos uma reunião marcada para as 16h, mas queríamos que esses pontos entrassem na pauta dela. Reunimos alguns colegas no Campus I, articulamos vários órgão de imprensa. 


Conseguimos uma cobertura de mídia razoável.
Fomos vistos e recebidos pelo Ministro da Educação Fernando Haddad. Alegamos que não poderíamos agora, depois de ter confiado no MEC, sermos abandonados à própria sorte e à mercê do mercado. Após nos ouvir, o ministro determinou que a equipe destacada para acompanhar o caso da FTB analisasse nossa pauta de reivindicações.
Durante a reunião, a equipe do MEC nos esclareceu que a prioridade nesse momento é fazer o levantamento do acervo acadêmico de todos os alunos para se ter um quadro da situação de cada um. Depois eles serão organizados por grupo análogos e terão seus casos analisados individualmente, nas situações em que a transferência voluntária ainda não tiver sido feita.
O MEC nos garantiu que não vai abandonar ninguém, ainda que demore. Estamos confiando nisso. Elegemos uma comissão de alunos para acompanhar o processo que vai se reunir semanalmente. Abaixo, segue a ata da reunião com o MEC e os contatos dos representantes de cada curso. Vamos em frente.


Um forte e fraterno abraço a todos.

Cláudio Augusto
Presidente da Comissão de ex-alunos da FTB
Representante do curso de Agronomia

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